Filosofia

 confronto dos DEUSES- Zeus



  2° Ano

TEORIA DO CONHECIMENTO PARA BACON E DESCARTES

A teoria do conhecimento é uma disciplina filosófica que investiga as condições do conhecimento verdadeiro. Numa visão tradicional essas condições se colocam diante dos problemas decorrentes da relação entre o sujeito e o objeto do conhecimento.
A teoria surge como uma disciplina autônoma na idade Moderna, quando o realismo metafísico dos gregos começa a ser criticado por filósofos como Descartes e Bacon, entre outros, que se ocupa de forma explícita e sistemática com questões sobre origem, essências e certeza do conhecimento humano.
Os filósofos Bacon e Descartes examinavam as causas e as formas do erro, sendo um novo estilo filosófico a análise dos preconceitos e do senso comum. Bacon elaborou a teoria critica dos ídolos, já Descartes elaborou o método de análise conhecido como dúvida metódica.
Bacon diz que para se conseguir o conhecimento correto da natureza e descobrir os meios de torná-lo eficaz seria necessário ao investigador libertar-se daquilo que ele chama "Ídolos" ou engodos que levam as noções falsas. Existem quatro tipos de ídolos para Bacon em sua teoria que são:
Ídolos da Tribo. São vícios inseparáveis da própria natureza humana, tal como o hábito de acreditar cegamente nos sentidos. Na Astrologia, por exemplo, ignora-se o que falha para ficar com as predições que resultaram conforme o esperado.
Ídolos da Caverna. São erros devidos à pessoa, não à natureza humana; trata-se de diferenças individuais de habilidade, capacidade. Alguns espíritos têm condições para assinalar as diferenças, outros, as semelhanças: outros indivíduos se detêm em detalhes, outros olham mais o conjunto, a totalidade; ambos tendem ao erro, embora de maneiras opostos.
Ídolos do Fórum. São erros implicados na ambigüidade das palavras; a linguagem é responsável. Uma mesma palavra tem sentidos diferentes para os interlocutores e isso pode levar a uma aparente concordância entre as pessoas.
Ídolos do Teatro. São as opiniões formadas em nós em decorrência dos poderes das autoridades que nos impõem seus pontos de vista e os transformam em decretos e leis inquestionáveis.

Descartes desenvolveu o método metódico, nele afirma que, o sujeito racional é capaz de transformações e de superar as formas de conhecer por si próprio, que a razão é responsável pelo controle da experiência sensível. O conhecimento sensível é a causa do erro e por esta razão deve ser afastado. O conhecimento verdadeiro é unicamente intelectual, e é a forma de se chegar a um saber filosófico.
Descartes localiza o erro em duas atitudes, que chama de atitudes infantis. A primeira é a prevenção que é a facilidade com que o espírito deixa ser levado pelas as opiniões e idéias de outros sem se preocupar com a verificação para vê se é verdadeiro ou não, exemplo opiniões preconceituosas ensinadas pelos pais, livros, colégios e assim prende o pensamento, impedindo a investigação. A segunda a da precipitação que é a facilidade com que temos de julgamos as coisas antes de verificarmos se nossas idéias são ou não verdadeiras.
Bacon e Descartes em suas teorias estão convencidos de que é possível vencer os efeitos do “erro”, graças a uma reforma do entendimento e da ciência. Para Bacon o avanço dos conhecimentos e das técnicas, as mudanças sociais e políticas e o desenvolvimento da ciência e da filosofia levaria a uma grande reforma do conhecimento humano e na vida humana. Descartes não pensa na necessidade de mudanças sociais e políticas para que isso possa ocorre. O fato é que os dois se propõem a analisar o conhecimento.